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De três em três anos, as eleições para os órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) atraem a atenção de muitos dos cerca de 620 mil associados.

E não é só a natureza dos programas e as propostas que vão a jogo que chamam a atenção da maior entidade da economia social, cujo principal activo é um banco, a CEMG. É a teia de relacionamentos pessoais que se cruzam e que gravitam em torno de António Tomás Correia (A). E ainda de Fernando Ribeiro Mendes (B) e de António Godinho (C).

À volta de Tomás Correia, o candidato da lista A, e um militante socialista, sentado há dez anos na presidência do Montepio, há muitas figuras ligadas ao Bloco Central, com afinidades ao mundo da advocacia e dos negócios, alguns transnacionais. Entre os nomes do PS que mais se destacam estão Maria Belém, Jorge Coelho, João Soares, Luís Patrão e Lacerda Machado, enquanto pelo PSD estão dois advogados, que acumulam com o cargo de deputados, José Matos Correia e José Eduardo Martins, e ainda Fernando Seara. A maçonaria faz-se representar bem ao lado de Tomás Correia, mas também se distribui pelas outras duas listas rivais, de Ribeiro Mendes e de António Godinho.

A lista B, chefiada por Ribeiro Mendes, da esfera do PS, é sustentada sobretudo por tecnocráticos, ex-governantes, com carreira no mundo académico, da consultoria, da gestão pública, sindical e financeira: Augusto Mateus, José Almeida Serra, João Costa Pinto, João Proença, Rui Leão Martinho, Norberto Pilar e Adriana Pimpão.

A sustentar o líder da lista C, António Godinho, gestor de pequenas empresas, que politicamente se diz do centro-direita, aparece gente ligada ao PCP, como o ex-deputado Honório Novo, Carlos Areal, Eugénio Rosa, ou os sindicalistas, Manuel Carvalho da Silva e Arménio Santos. E várias políticas ligadas à esquerda, mas com posições independentes, como Helena Roseta, Ana Drago, Isabel Moreira e Joana Amaral Dias. E ainda personalidades do centro, como Bagão Félix, António Capucho ou Campos e Cunha.

No dia 7 de Dezembro, entre as 9h e as 18h, na sede do Montepio, na rua Áurea, em Lisboa, os associados podem votar presencialmente para escolher o próximo presidente que exercerá as funções entre 2019 e 2021.